Two pieces - Capitulo 14

Mari P.O.V

Havia quase uma semana que eu não via Justin, nós apenas trocávamos mensagens todos os dias e as horas porque não podíamos ser vistos juntos novamente, eu não entendia o porque mas eu não gostava daquilo, eu estava com saudade e era muito pra mim assumir aquilo para mim imagine para ele então. Eu não fui demitida como imaginei que seria, eu e Jessica tivemos uma conversa muito séria com ela que no final deu tudo certo, mas se acontecesse de novo eu teria que pagar pelas consequências.

Joguei meus sapatos no canto da sala após entrar no apartamento, meu dia foi exaustivo no trabalho com a chegada da nova estação e os desfiles chegando. A casa estava escura e eu tive que sair no escuro correndo até o banheiro porque estava apertada para fazer xixi, assim que me aliviei lavei as mãos e fui para meu quarto tirando a roupa, joguei tudo no cesto de lixo da lavanderia e voltei para o quarto para vestir uma roupa qualquer de ficar em casa. Liguei a televisão e fui para cozinha enquanto ouvia a novela que estava passando, procurei algo no armário para comer e acabei pegando um pacote de bolachas recheadas e leite puro. Voltei pra sala e me afundei no sofá comendo o que havia pegado.

Vinte minutos.
Meia hora.
Um hora.
Que tédio do caralho, de noite é sempre assim sem nada pra fazer além de engordar na frente da tv. Até que meu celular começou a vibrar, não era sms como eu pensei, era ele ligando.
- Alô biebs. - minha voz saiu baixa e tediosa.
- Oi lindinha, tudo bem?
- Sim, e você? Porque está me ligando? Colocou crédito pra ligação foi? - dei risada.
- Engraçadinha, estou bem e meu celular é de conta. 
- Hum, esqueci que você é Justin Bieber, é rico, pode.
- Ops, é eu posso. - se gabou, ele me parecia ofegante.
- Ei, tá fazendo o que?
- Estou malhando. 
- Hum. - meu tom de voz saiu muito malicioso. - Legal, ficar fortinho, tá meio magrelo.
- O que você disse? Estou magro? Certeza? 
- Magro, magrinho sabe, bem magrelo. - provoquei.
- Espera. - de repente tudo ficou mudo e alguns segundos depois ele voltou - Depois olhe suas mensagens. 
- O que você mandou? - estava curiosa
- Uma foto, apesar que vou postar ela agora. - corri até meu quarto e abri meu notebook, levando-o para sala.
- Que legal. - abri o meu twitter e puta que pariu havia milhares de menções, seguidores e o caralho a quatro, a uma semana eu tinha dois mil seguidores e agora? Quase cem mil, isso era loucura e a maioria fãs do idiota, puta merda. Eu nem quis ler o que elas me falavam porque assim que bati o olho me assustei com palavrões.
- E você? Fazendo o que? 
- Procurando pela sua foto na internet. - ele riu.
- Instagram bobona. 
- Ja achei, suas fãs são rapidas. - sorri esperando a foto carregar.

Acho que fiquei sem ar.
- Puta que pariu...- deixei escapar.
- O que foi? - ele riu - Achou a foto foi? 
- Não, é que... - respirei fundo.
- Não minta pra mim. 
- Ai que gostoso. - gargalhei - Vai se foder Justin!
- Osh, porque? 
- Porque você é um gostoso do caralho. - falei. Justin riu, na verdade ele praticamente gritou do outro lado da linha. - Nossa senhora, desse jeito você vai morrer.
- Ai mari, queria poder ver sua cara agora e obrigado pelo elogio, me falam isso todos os dias. 
- E você nem se acha né?!
- Eu não.
- Magina.

Ele ficou em silêncio e eu também, enquanto mexia na internet.
- Ai caralho. - dei um grito.
- Que foi? 
- Vazou uma música da Sel. - imediatamente baixei para ouvi-la. - Cala boca que eu vou ouvir.
- Nossa, tá. - ele ficou em silêncio. Coloquei os fones que estavam em cima da mesa de centro e dei play.

Assim que eu ia ouvindo aquela música lagrimas iam brotando no canto dos meus olhos, que caralho de perfeição era aquilo? Era muito para minhas estruturas, eu estava completamente arrepiada, sem chão, abalada, cara, eu nem sei o que exatamente o que estava sentindo, mas uma coisa que eu não parava de pensar era de como Justin é perfeito, o namorado dos sonhos, é simplesmente uma das músicas mais perfeitas que eu ouvi na vida. Eu sei que muitas pessoas odiavam aquele relacionamento, mas ninguém pode negar que eles se amaram verdadeiramente e isso ficava na cara, só quem não quem não quer, não vê.

- Justin. - minha voz saiu chorosa.
- Mari? Está chorando? O que foi? Não gostou da música? Aliás, que música é? 
- A música mais perfeita que eu já ouvi. - comentei
- Sério? Qual é?
- Love will remember. - ele ficou quieto, pareceu pensar. - Eu... bem, você precisa ouvir.
- Tá. - escutei a música do outro lado e fiquei quieta. Quando acabou um silêncio pairou. - Ae cara, acabou por hoje. - ouvi Justin dizer a alguém.
- Você está bem?
- To sem palavras. - ele gaguejou.
- Digo o mesmo.
- Mari
- Oi?
- Posso te ver agora?
- Ahn? Não podemos sair
- Foda-se, por favor, estou indo pra casa, passa lá? 
- Tá bom. - cedi, era mais forte que eu. Leticia abriu a porta do ap e me viu daquele jeito. - To indo, bjo.

Desliguei e ela me olhou confusa.
- Porque está chorando? Onde vai?
- Escuta a música que tá aberta e você vai saber pra onde vou. - corri para meu quarto e vesti apenas um moletom, peguei a chave do carro e meu celular.
- Meu Deus mari. - Leticia estava do mesmo jeito que eu.
- Música linda né? - comentei calçando meus tênis.
- Perfeita, socorro, meu psicológico.

Dei risada.
- Vou encontrar ele.
- Mas...
- Ele insistiu.
- Ta, cuida dele pra mim. - rimos
- Beleza, não devo demorar. - bati a porta e sai correndo, nem sei porque eu estava com pressa. Meu carro sempre ficava na rua mas como agora eu era conhecida no mundo como a fã sortuda de Justin Bieber decidi que passaria a usar a garagem, desci para o p1 e peguei o carro, a casa dele não era tão longe mas também não era tão tão perto da minha. Pra melhorar peguei todos os sinais fechados acredita? Pois é, um caralho mesmo, assim que avistei seu condomínio me senti mais aliviada e por sorte ele também estava chegando.
- Hey Biebs. - gritei para o carro da frente, Justin colocou a cabeça pro lado de fora, sorriu fraco e disse algo para o porteiro, assim acelerou e eu segui atrás. Rodamos um pouco, parei meu carro de frente a sua casa logo após ele parar. Desci do carro assim que coloquei o celular no bolso, travei o carro e andei em sua direção. Assim que seus olhos bateram em mim ele abriu os braços e eu não tive como negar aquele abraço.
- Hey linda. - ele me apertou de forma que me fez fechar os olhos, as pessoas não costumavam me abraçar muito e cada abraço para mim era raro e importante.
- E ai, como você tá? - me afastei.
- Vamos entrar? Está frio aqui. - ele desviou do assunto me puxando para dentro de casa. Das ultima vez que vim aqui era um lugar completamente vazio, mas assim que eu passei para dentro de casa lá estavam Pattie, Alfredo, Chaz, Ryan menos Chris. Fiquei meio sem graça quando todos me olharam mas sorriram para mim.
- E ai gente. - Justin cumprimentou os garotos com um toque nas mãos. E Pattie veio logo me abraçar.
- Oi. - sorri me afastando.
- Pensei que nunca mais nos veríamos.
- Eu também.
- Não me ligou - ela fez beicinho.
- Semana agitada na agência onde eu trabalho.
- Ah, sim! - ela sorriu - Mas é bom te ver, me parece bem.
- Estou. - sorri
- Eu ouvi a música. - ela murmurou.
- Quer falar com ele.
- Faça isso. - Pattie piscou para mim e fui dar oi para os garotos com um beijo na bochecha é claro.

Depois de ser quase comida por aqueles garotos e Pattie brigar com eles porque eles não paravam de falar besteiras perto de mim, foi engraçado porque não me importo muito, apenas fico meio sem graça e Justin também não gostou, pediu licença e saiu me arrastando para os fundos da casa, um lugar que eu nunca havia visto, havia uma grande piscina iluminada por uma luz azul em seu fundo, cadeiras de sol, um jardim logo na frente, era lindo. Justin sentou-se em uma das espreguiçadeiras e eu me sentei ao seu lado.

- Então... - comecei.
- Não sei o que dizer, não sei o que estou sentindo, não.. não sei o que está acontecendo na minha vida! - respirei fundo e olhei para ele, parecia até um pequeno flash back da noite em que nos conhecemos.
- Sabe, eu estava assim á algumas semanas atrás, eu pensei que não aguentaria viver. - sentia ele me olhando - Mas eu sei que na vida tudo passa, que Deus guarda o melhor pra você.

Fiz uma pausa dramática, uma longe pausa e ele não conseguia dizer nada.
- Eu não sei bem o que dizer pra você, aquela música abalou até a mim! - ele não dizia nada - Mas você também fez uma música linda falando sobre vocês e ...ai, não sei é complicado.
- É difícil, mas eu sou forte!
- Isso, você é. - sorri - E...
- Não diz nada. - ele sorriu torto - Só fica aqui comigo, eu gosto da sua companhia.
- Eu achei que...
- Shiu. - ele riu fraco e senti sua mão tocar a minha, podia jurar que naquele momento eu corei levemente mas apenas deixei ele segurar  - Por favor.
- Tá.

Ele sorriu para mim e eu nunca vi sorriso tão sincero quanto aquele.


Continua?
vcs comentem suas potas, façam meu esforço de tar fazendo suas fics valer a pena
e.e
<3